MOONWALK

introdução

'MOONWALK' é uma cooperação estratégica de três organizações da sociedade civil da Hungria, Itália e Portugal. Saiba mais sobre a parceria aqui. O projeto foi implementado com o co-financiamento da União Europeia, no âmbito do Programa Erasmus+. Conheça o programa aqui.

'MOONWALK' focaliza-se no envolvimento dos grupos locais de jovens que vivem com deficiência mais precisamente nos processos de desenvolvimento de habilidades e como capacitá-los com mais eficiência. A parceria trabalharia na coleta de literatura profissional, conhecimento dos especialistas que trabalham no terreno , solicitando diretamente ao grupo-alvo que estabeleça uma base sólida para a metodologia e passos para envolver os jovens que vivem com deficiência em projetos locais de juventude. Os produtos intelectuais têm como propósito a melhoria e eficiência dos parceiros e reunindo conhecimento multidisciplinar para outras organizações. O principal objetivo do nosso projeto foi desenvolver um conjunto de ferramentas e uma estrutura baseada em métodos de aprendizagem não formal, estruturando e melhorando o empoderamento de jovens que vivem com deficiência e que muitas vezes são fortemente desfavorecidos. Esta metodologia foi concebida com base em pesquisas empíricas realizadas no projecto com vista à melhoria do trabalho das organizações dos profissionais envolvidos no projeto.
Os parceiros testaram os métodos e ferramentas apresentados no manual durante a fase piloto do projeto. Embora as restrições do COVID-19 tivessem dificultado o alcance desses objetivos, a parceria conseguiu adaptar o projeto ao ambiente alterado, implementando a fase de pesquisa e desenvolvimento da metodologia.

Atividades implementadas

• Relatório de pesquisa publicado com os resultados da pesquisa na Itália e na Hungria, e os grupos focais na Itália, Portugal e Hungria. Saiba mais sobre a pesquisa aqui.
• Manual publicado com as descrições dos pilotos, kits de ferramentas e estudos de caso, desenvolvidos com base no relatório de pesquisa.
• Joint staff mobility implemented in Hungary, July, 2021
• Transnational meeting implemented in Italy, November,2021
• Eight meetings and conferences with the aim of dissemination

Pesquisa

Por que é que é necessário que o trabalho com jovens seja aberto a jovens com deficiência? 44,1% dos jovens com deficiência múltipla vivem uma vida passiva. Os programas para jovens não são igualmente acessíveis aos jovens com deficiência, e quanto mais grave é a sua condição, mais excluídos são.

O projeto MOONWALK implementou uma pesquisa baseada em inquéritos em Itália e Hungria, complementada com 9 grupos focais realizados em Itália, Portugal e Hungria.

159 pessoas completaram as pesquisas na Hungria e na Itália. O número de jovens no estudo foi de 111 (46 húngaros, 65 italianos), 59% dos quais eram deficientes, de acordo com seus auto-relatos. Participaram um total de 65 pessoas nos grupos focais. O estudo foi conduzido por meio de questões estruturadas para a sua comparabilidade.

Com base no estudo, podemos concluir que, embora os jovens não tenham percebido que seus pais estavam limitando as suas aspirações de autonomia, existe uma forte relação entre o índice de autonomia e os reguladores externos na amostra italiana. Eles são fortemente influenciados pelo desejo de cumprir, recompensas e regras tangíveis, quanto maior é a influência de reguladores externos nas ações, menor é o índice de autonomia.
Esses jovens presumivelmente mantêm algumas das suas amizades porque não querem decepcionar, sugerindo uma falta de autodefesa assertiva.
Hábitos de gestão de conflitos, maior taxa de pedir apoio a terceiros durante os conflitos, baixa motivação para assumir a liderança, tornando-se frequentemente vítima, são características de ambas as amostras e apontam para o fortalecimento da assertividade pode ser o objetivo de um trabalho de desenvolvimento.
A auto-estima também pode ser afetada negativamente pela experiência da desigualdade na participação social, que é uma experiência básica, independentemente do grau de integração educacional num determinado país. A atitude ignorante e desrespeitosa das pessoas sem deficiência na vida quotidiana dificulta a participação na sociedade, culminando em dificuldades de emprego. O desemprego dos jovens com deficiência também não parece poder ser compensado pelo ensino superior, segundo os participantes dos grupos focais, a consequência do comportamento discriminatório da sociedade é o desemprego das pessoas com deficiência.

Background

Os grupos de advocacia desempenham um papel importante na mudança dos sistemas sociais; as pessoas que vivem com deficiência puderam através desses movimentos mudar as suas condições de vida, ter direito à educação, ter acesso igualitário a tudo o que dava à maioria uma qualidade de vida digna e ganhar uma vida independente através do trabalho. Esse processo ainda não acabou e dificilmente podemos dizer que chegaremos a uma altura em que as pessoas com deficiência não precisam de lutar; basta pensar no ambiente sem barreiras, que tem formas diferentes em toda a Europa. Na Hungria, mudar a situação das pessoas com deficiência é um processo lento devido ao isolamento das famílias com crianças com deficiência, à falta de cultura pedagógica inclusiva, aos mecanismos de integração deficientes, à falta de conhecimento dos professores sobre as Necessidades Educativas Especiais, à falta de um quadro curricular para o desenvolvimento de competências, a falta de um ambiente de ensino mais flexível, alto nível de transferência de conhecimento combinado com métodos frontais. Isso é causa e consequência de que, dentro dos marcos estabelecidos, menos pessoas com deficiência têm de fato a oportunidade de se tornarem assertivas, influentes e politicamente ativas.

Em alguns processos, Itália e Portugal estão à frente da Hungria. A Itália está à frente da Hungria em termos de integração e qualidade da educação, embora a linguagem sinalética ainda não seja reconhecida como língua oficial e não seja usada nas escolas. Já existe legislação adequada para alcançar a inclusão real em Portugal, juntamente com esforços para eliminar escolas de educação especial segregadas. Falando em métodos de ensino, Itália e Portugal são semelhantes às escolas húngaras na sua tendência de usar métodos frontais independentemente do estado de integração. O desenvolvimento de competências - justamente porque se concentram em habilidades menos tangíveis e mensuráveis - exige interação e igual envolvimento dos alunos no processo de pensamento, tornando as técnicas frontais menos adequadas. De acordo com o relatório TALIS de 2019, o desenvolvimento de competências não é uma parte orgânica desses sistemas educacionais porque os educadores, os próprios professores, não acreditam que técnicas de ensino inovadoras sejam capazes de fornecer alto nível de conhecimento.

Como resultado, pode-se dizer de modo geral que as competências sociais e de advocacia dos alunos são pouco desenvolvidas nas instituições públicas de ensino; isso é prejudicial para todos, especialmente para os grupos desfavorecidos, que têm acesso limitado a outros serviços comunitários de desenvolvimento. Dessa forma, os sistemas educacionais contribuem para a reprodução das desigualdades sociais. O trabalho com jovens é estabelecido considerando diferentes valores e circunstâncias que são adequados para apoiar jovens desfavorecidos que vivem com deficiência. O projeto MOONWALK visa desenvolver um conjunto de ferramentas e uma estrutura baseada em métodos de aprendizagem não formal, estruturando e melhorando a capacitação de jovens que vivem com deficiência e que muitas vezes são fortemente desfavorecidos. Esta metodologia seria concebida com base em pesquisas empíricas realizadas no projeto e contribuiria e melhoraria o trabalho de organizações e profissionais que trabalham no campo da juventude com esse público-alvo específico em um contexto local de trabalho juvenil. O projeto procura realizar pesquisas empíricas (na forma de pesquisas e grupos focais) para entender o que os jovens que vivem com deficiência podem precisar para o desenvolvimento de suas competências relacionadas à advocacia.

Observações preliminares identificaram quatro áreas principais:

• autonomia
• rede
• tolerância e gestão de conflitos
• capacidade de fazer valer interesses sociais

Metodologia

O resultado do desenvolvimento da metodologia da parceria é um manual. O manual inclui kits de ferramentas, descrições de atividades e estudos de caso de processos de empoderamento bem-sucedidos de jovens que vivem com deficiência, usando o kit de trabalho com jovens.

Índice

• Prefácio
• Contexto – trabalho juvenil e deficiência
• Resultados da pesquisa
• Melhores práticas - Trabalho juvenil e deficiência
• Movimento de Vida Independente
• Descrições da ação piloto
• Estudos de caso
Downloads

Downloads

Pesquisa
Research report on Hungary - language: Hungarian
Research report on Italy - language: English
Narrative analysis of the fouces groups conducted in Portugal - language: English
Comparative analysis of research results - language: Hungarian
Comparative analysis of research results - language: English

O resultado do desenvolvimento da metodologia da parceria é um manual. O manual inclui kits de ferramentas, descrições de atividades e estudos de caso de processos de empoderamento bem-sucedidos de jovens que vivem com deficiência, usando o kit de trabalho com jovens.

Methodology Handbook - language: Hungarian
Methodology Handbook - language: English
Toolbox (ANNEX 1) - language: English
Pilot description Italy(ANNEX 2) - language: English
Pilot description Portugal (ANNEX 3)- language: English

Parceria

A Együttható foi fundada por profissionais sociais e jovens voluntários entusiasmados em 2010 para promover a aprendizagem não formal, serviços comunitários inovadores e uma nova forma de pensar na juventude e no trabalho social. Ela opera um escritório de informações para jovens no 4º distrito de Budapeste e um pós-escola localizado em Gyöngyös. A inclusão de jovens com deficiência é um objetivo importante no Hatáspont Tanoda - mais de 20% dos alunos matriculados vivem com deficiência, incluindo Transtorno do Espectro Autista. Além de tutoria individual e aplicação de pedagogia especial, a educação não formal é um método chave no desenvolvimento de habilidades sociais de nossos alunos. Együttható Egyesület tem uma vasta experiência/competência de envolvimento de jovens com deficiência em ações/experiências de aprendizagem locais e internacionais. A inclusão de jovens com deficiência é um dos principais objetivos horizontais do nosso trabalho diário, promovendo o Movimento da Vida Independente e capacitando os jovens a serem cidadãos mais autossustentáveis e ativos ao longo do caminho. A nossa experiência diz-nos que há pouca ênfase no trabalho com jovens com deficiência a nível local, o que – em nossa opinião-, garante mais oportunidades para resultados valiosos e permanentes.

Descubra mais sobre Együttható.

A Associazione Uniamoci Onlus trabalha diariamente para a inclusão social de jovens com deficiência, e para alcançar esse objetivo principal tentam organizar atividades locais e internacionais envolvendo jovens e jovens com deficiência. Apoiam os jovens a tornarem-se cidadãos ativos e conscientes das suas potencialidades através do seu envolvimento em processos de aprendizagem não formal. A organização tem uma grande experiência em motivar e apoiar grupos mistos de jovens no desenvolvimento de diferentes tipos de iniciativas juvenis no âmbito dos programas Juventude em Ação e Erasmus+.

Saiba mais sobre a Uniamoci Onlus.

A Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra - APCC foi criada em 1975 como uma instituição privada de solidariedade social e uma organização sem fins lucrativos para pessoas com necessidades especiais para promover a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem, com foco nas pessoas com deficiência e apoiar a inclusão de pessoas com deficiência, particularmente a Paralisia Cerebral. O seu objetivo é criar e desenvolver serviços de reabilitação e promover o desenvolvimento e a inclusão de pessoas com deficiência. Através do centro de reabilitação, apoiam pessoas com deficiências graves e necessidades complexas. Esta organização conta com um trabalho qualificado e reconhecido nas áreas da Reabilitação Médica e Educação Funcional, Educação, Formação Profissional, Equipa Multidisciplinar de Integração Sócio-Profissional, Música, Hipoterapia, Hidroterapia, Desporto, Educação Aventura ao Ar Livre (Serviços da Fazenda Aventura), Unidades Residenciais e Centros Ocupacionais.

Saiba mais sobre a APPC.

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Coordenadores nacionais do projeto:

Elemér Szentpétery, Együttható Egyesület, Hungria, info@egyutthato.eu
Graça Gonçalves, APCC, Portugal, graca.goncalves@apc-coimbra.pt
Eleonora Di Liberto, Uniamoci Onlus, Itália, info@uniamocionlus.com

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